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MP instaura procedimento para apurar ação da Guarda em confusão durante manifestação na 14 de Julho

Manifestantes são presos e agredidos em ato no Centro de Campo Grande O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um procedimento para investigar...

MP instaura procedimento para apurar ação da Guarda em confusão durante manifestação na 14 de Julho
MP instaura procedimento para apurar ação da Guarda em confusão durante manifestação na 14 de Julho (Foto: Reprodução)

Manifestantes são presos e agredidos em ato no Centro de Campo Grande O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um procedimento para investigar a atuação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) durante a confusão registrada no último sábado (29), na rua 14 de Julho, em Campo Grande. A determinação é do promotor Douglas Oldegardo, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gaeco-Pol). A manifestação, organizada por grupos de mães atípicas e motoentregadores, ocorreu durante a abertura da programação de Natal da capital, o “Natal dos Sonhos”, promovido pela prefeitura. A chegada do grupo ao local terminou em empurrões, pessoas feridas e prisões (veja vídeo acima). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Em nota, o Ministério Público informou que o procedimento está em fase inicial e que os esclarecimentos públicos serão prestados em momento oportuno. O órgão destacou ainda que acompanha o caso dentro de suas atribuições constitucionais, que incluem o controle externo da atividade policial. O objetivo é apurar se houve excessos por parte dos agentes públicos durante a contenção dos manifestantes e na abordagem que resultou nas prisões. Boletim de ocorrência Imagens enviadas ao g1 mostram uma mulher sendo empurrada e um homem detido por guardas da GCM. Elisângela Silva de Souza, 43 anos, que aparece sendo derrubada no vídeo, registrou boletim de ocorrência. Mãe atípica, ela relatou escoriações e dores decorrentes da queda. “A pior lesão é não poder pegar meu filho. Eu sou a mãe atípica que foi jogada no chão”, afirmou. Um dos organizadores do ato, o professor Washington Alves Pagane, 35, também foi detido. Ele afirma que o secretário municipal de Segurança Pública acompanhava a ação e teria ordenado sua prisão após identificá-lo como organizador do protesto. Segundo Pagane, guardas avançaram contra manifestantes que gravavam a abordagem, tomaram celulares e deram voz de prisão a quem tentava filmar. Ele diz ter ficado três horas algemado em uma barra de ferro antes de ser apresentado à Polícia Civil. Dois homens foram presos durante o ato, que reuniu cerca de 40 pessoas, e liberados no dia seguinte. Prefeitura afirma que reforçou segurança A prefeitura de Campo Grande informou que reforçou a segurança devido ao grande fluxo de famílias e crianças no evento. Sobre a ação da GCM, disse que os manifestantes tentaram interromper a programação e foram orientados a se afastar. Segundo a administração municipal, houve desacato e um canivete foi apreendido com um dos detidos. Protesto na região central de Campo Grande. Reprodução Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: